quinta-feira, março 08, 2007

A Família de Hoje

E a vida continua…

Acordei pensando em todas as separações e divórcios que estão acontecendo ao meu redor, e são muitos. Metade dos casais que conheço estão se separando, se separaram o ano passado ou estão em processo de separação.

Apesar de ter me separado, pela segunda vez, sou contra a separação! Li em algum lugar que o momento certo de se separar é aquele quando conseguimos olhar para o companheiro sem mágoas e sem rancores. Se ainda ouverem nós a serem desatados, estaremos apenas transferindo nossas frustrações para um futuro relacionamento.

Acredito que tudo que estiver ao alcance do casal para salvar o casamento deve ser tentado, principalmente aonde há crianças envolvidas. Tudo, tudo, tudo: plantar bananeira juntos, terapia, banho de sal, seminários. Conversas, bate-papo, comunicação. Se o problema é falta de comunicação, então procurar ajuda, ler, se informar, aprender. Meditação, contar até 10, 100, 1.000, 1.000.000.000! Pintar o cabelo, mudar as expectativas, se olhar no espelho e se enxergar, ser honesto consigo mesmo. Procurar ajuda spiritual, da família, dos amigos de confiança. Opções é que não faltam.

No geral vejo as mulheres tomando a decisão final mesmo que sofrendo com estas separações. Vejo-as brigando pelo direito de serem amadas e respeitadas. E os homens simplesmente reagindo passivamente, alguns até como vítimas destas mulheres progressistas e exigentes quais eles pouco compreendem e consideram caprichosas, complicadas ou simplesmente malucas.

Vejo-os perdidos, apesar de aparentemente se mostrarem fortes e decididos, acomodados e conformados. Justificam seus comportamentos acreditando terem tentado de tudo. Afinal, trabalharam duro pra colocar dinheiro em casa, fizeram de tudo para trazer o conforto material para as crianças e a esposa, fizeram a sua parte e agora estão sendo cobrados de algo que não compreendem. Não compreendem as demandas das mulheres e das crianças. Não compreendem que a estrutura do casamento mudou. Não compreendem que sua responsabilidade hoje é muito maior do que era no século passado. O homem hoje não está compreendendo que ele precisa apenas amar melhor. É isso que lhes falta: mais compaixão, compreensão, amor.

Nesta estória toda, quem mais sofre são as crianças, que pouco direito e controle tem em opnar a respeito da separação dos pais. O slogan: “Não basta ser pai, tem que participar” é que está en vogue. Os filhos querem, e necessitam um pai presente, participativo, que educa por exemplo, que divide sem sacrifícios, que ama sem pedir nada em troca. Que aceita e compreende, mas limita e proíbe. E é isso que as mulheres estão exigindo. Elas hoje exigem respeito, exigem que seu trabalho como mãe e dona de casa seja valorizado, exigem que seu coração seja tratado com ternura e compreensão. Exigem serem ouvidas, exigem tomar parte das decisões fianceiras da família, exigem amor. A mulher hoje exige esta participação maior do homem dentro de casa.

A mulher não precisa ser feminista para exigir tanta coisa. Simplesmente a sociedade está em evolução e quem não pegar esta onda, ficará parado no tempo.

E o homem se encontra atordoado com tantas exigências. “Eu fiz a minha parte, tenho a consciência limpa.” Não, não amigos! A sua parte é enormemente maior hoje. A sua família é muito importante para um conformismo deste. Certamente que a família aprecia o conforto financeiro e o suor no rosto, o esforço e sacrifício que se despende para colocar o pão na mesa. Mas isto só já não basta. O homem tem que aprender a amar melhor.A felicidade das crianças depende deste desempenho maior da parte dos pais. O poder do dinheiro, o valor do moeda hoje está mudado. Acordem à realidade do casamento nos dias de hoje, à este novo paradigma social. Amanhã o dinheiro acaba, o emprego acaba, a saúde acaba. E a família fica. Para sempre, eternamente.

O patrão despede e a família continua. A família não pode te despedir (por mais que ela queira!) O dinheiro some, e a família continua. A prioridade do homem de hoje é alimentar a família com amor. Primeiro porque é vital à todos; segundo porque é necessário para a existência de um lar harmonioso; terceiro porque servirá como exemplo para as crianças; quarto porque o amor é eterno e no final da estória é a única coisa que nos sobra. As pessoas que dependem de você estarão mais felizes e consequentemente o seu mundo será mais feliz.

As crianças não querem que os pais paguem a melhor faculdade para elas. Mas se perguntarem, elas querem um pai presente, amoroso e compreensivo. Este é o melhor presente que um pai pode dar a sua família. Dinheiro constrói, mas a tempo leva. Amor é a base, a estrutura, as paredes e o teto da casa. Não desaba. Ninguém derruba. Isto não quer dizer que o preguiçoso possa justificar sua posição e oferecer só amor! Logicamente cada qual deve encontrar o equilíbrio das suas responsabilidades e agir de acordo com seus deveres.

Lembrem-se, nós não levamos nada deste mundo pro outro. Só as experiências da alma, do espírito. E o dinheiro não tem nada, absolutamente nada a ver com isso.