Assim vai, passando. A vida.
Ela casou. Ele separou. A filha entrou na faculdade, aquela que ontem só tinha 5 anos.
E a ascensão financeira da família, foi por água a baixo da ponte corrigueira.
Mas tempos melhores virão.
Ele ficou doente. Mas passou.
Ela pediu o desquite, ele perdeu o emprego. O filho mudou e ai tudo voltou ao normal.
O mãe faleceu, foi desta pra melhor, mas não pra quem ficou.
Assim é e assim será.
Ela engravidou. Teve uma menina.
E você ouviu o que aconteceu? Eles tiveram gêmeos depois de tanto tempo tentando engravidar.
A filha se formou na faculdade, em direito. Finalmente! Uma advogada na família.
E um novo médico, uma nova arquiteta. E o filho da outra que não quer saber de nada? Coitada. Mas assim é…
O outro se perdeu nas drogas, aquele se rebelou não sei bem por que.
Aquele engordou. E a outra emagreceu.
E eu? E eu?
Doce. Doce movimento da vida na subida e na descida.
Ela amou. Ele empacou. Eles mudaram de endereço.
Eu mereço, eu mereço. Era só o que me faltava…
Ser feliz. E não no meio do natal!
Sensacional.
O verão veio, mais uma vez.
As chuvas lavaram, a neve acentou.
O suor limpou, o frio acalentou.
Assim foi como numa novela de Gabriel Garcia Marquez,
numa odisséia de tempo espaço nesta dimensão limitadamente infinita.
Que diferença faz o ontem do hoje ou do amanhã, really?
O que importa é continuar dançando… continuar dançando…
e assim se aperfeiçoando na vastidão do universo, no ritmo da vida, no passo apressado, na canção lenta, no abraço apertado, no beijo roubado, no riso escapado, no medo conquistado.
Assim eu, você, nós, caminhamos, lado a lado.
Dançando.
E amando…
Ps. Eu queria postar aqui a música "Bang Zoom" do Bob Mcferrin que dá o ritmo maravilhoso da vida assim, mas a lerdeza da minha conexão não me permitiu.
Este foi mais um daqueles poemas/crônicas inspirados pela música...
