terça-feira, fevereiro 26, 2008

Suicídio Amoroso

No silêncio do vazio reina o desconhecido.

Após caminhar por anos no vale da tristeza, atravessando rios de lágrimas, sobrevivendo tempestades e se escondendo de raios e trovões, finalmente escalou a montanha mais alta, o ponto máximo mais perto do céu. Fechou os olhos e num suspirar profundo sem ver nem perguntar, jogou-se de lá de cima, num ato de liberdade, talvez até um pouco revoltado e desiludido. Suicidou-se.

Não havia mais razão para viver. A esperança já doente aos poucos perdeu a força e quando a escuridão se fez presente, assentou-se e aquietou-se. Ali ficou. Não havia mais razão para viver. Não conseguia ver o passado, nem sonhar com o fututo. O presente era nada. Nada. Nem medo, nem calor, nem dor. Nem desejo ou saudade.

Neste contexto meio que sonífero, surreal, multi-dimensional dos universos paralelos sentia-se como se nunca tivesse existido, não fora importante ou sequer útil. E se o que foi jamais será, sem discutir ou analisar, soltou-se.

Na perspectiva infinita da eternidade, sabe que não deixa de existir. Mas apenas resolveu não mais atuar. Não está adormecido, nem entorpecido, nem drogado, fascinado ou humilhado. Já simplesmente não é.

E assim foi, numa queda lenta, numa brandura escura, na calada da noite.

Pra sempre.

Ufa! Que Alívio...

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Declaração de Amor


DECLARAÇÃO DE AMOR

Hoje é dia dos namorados. E apesar de me “faltar” um namorado oficial, gostaria de me declarar à todos que tanto amo e que têm me namorado por tantos anos.


Quero agradecer:

Às minhas queridíssimas amigas de Nova Yorque e Connecticut, que sinto tanta falta de namorar! A Saudade sempre invade meu coração cheio de boas lembranças, de amor sincero, abraços acolhedores, ombros comfortáveis que se encharcaram de tantas lágrimas, colos quentinhos dividindo alegrias, frustrações, e estórias de vida sempre a procura de um encontro maior na imensidão desta nossa consciência universal.

A minha querida e apaixonante irmã, cujo colo não tem preço, cujo exemplo silêncioso revolucionou minha vida no ano passado. Namoramos muito ultimamente em espaço e tempo intermináveis de gargalhadas, filosofando da vida, babando pelos nossos filhos, sonhando em construir um mundo maior e melhor.

A minha irmã gêmea, namorada francesa, meu espelho e suporte elucubrante nas aventuras librianas, amiga de tantos anos que se tornou tão sábia e tão mais maravilhosamente amiga.

Ah! Quero agradecer aos meus queridos amigos do sexo oposto, sempre colorindo a minha visão limitada de mulher com a praticidade masculina, a simplicidade de raciocínio e a precisão de um auto mecânico! Vejam bem, é tudo tão simples: aperte o parafuso aqui que os problemas estão resolvidos… Tenho que amar- los todos!

Namorei muito todos vocês nestes últimos tempos, e por isso sou grata. Por cada minuto de atenção e carinho recebidos é que aqui me encontro, na minha solteirisse, feliz e faceira!

Espero que possamos continuar nos namorando por longos anos a vir e que eu possa um dia retribuir todo este amor com muito mais amor.

Obrigada,


Andrea,
Déia, Dréa, Déinha, Dé, Dedé Apaixonada de Kithira!! :)